segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Desejo e Satisfação


    Autor: Boaz Rios
    Satisfações e insatisfações fazem parte do nosso cotidiano. Aspirações, vontades e desejos, despontam no íntimo das pessoas, de forma que o prazer, a alegria, a satisfação, condicionam-se ao que, e como foi definido o desejo. Desejo e satisfação, desta forma,  são sentimentos inerentes aos seres humanos em todo e qualquer momento da vida. O desejo é entendido, num primeiro sentido, como voto e aspiração,  e em outro sentido, como prazer e vontade. O desejo não se confunde com necessidade, é um saber não sabido, um enigma que se traduz numa vontade, de modo que o desejo ocorre por consequência de uma falta, uma satisfação reprimida ou sufocada ( ver Freud).
    Por outro prisma, Soren Kierkegaard entende que o desejo é consequência de uma falta, ocasionada por um distanciamento de Deus, e somente em Deus, o  ser humano se completa. Na caminhada, ou no esforço de alcançar a satisfação, o desejo apresenta-se em estágios: o desejo estético, o ético e o religioso. Somente este último, pode superar as deficiências dos demais, pois coloca o ser humano diante do "EU" eterno, a plena satisfação ao encontrar-se em Deus.
    O desejo e a satisfação são dois sentimentos reciprocamente ligados numa dependência mútua, de modo que, a alteração na intensidade de um, caso não se reflita na resposta do outro, fatalmente causará um desequilíbrio emocional. Perceber-se-á uma falta, uma carência, ou seja, sentimento que demonstra a incapacidade de corresponder, ou satisfazer, ao desejo manifestado ou percebido.
    A satisfação, por outro lado, é a alegria, o prazer, de perceber, desentir, deprovar o sabor da realização do que se esperava, enfim, a satisfação do desejo. Persiste a interdependência, pois a satisfação inibe o desejo, enquanto que a insatisfação leva o desejo ao patamar de frustração, de prazer inatingível.  Esta interrelação se consolida e se equipara, na medida em que a satisfação espera um comportamento ou uma intensidade de desejo que lhe seja compatível, enquanto que o desejo espera e anseia ser satisfeito na mesma forma e em  igual intensidade.
    Os Cânticos de Salomão nos oferece um poema no qual desejos e satisfações são apresentadas no sentido de interdependência, de contentamento recíproco, que não sufoca o desejo, mas que, de igual forma, não frusta a satisfação. Salomão constrói seu diálogo com a mulher amada, e expõe um detalhamento doce e natural de cada parte, objeto do seu desejo: olhos, boca, cabelos, lábios, perfume, enfim, tudo que singularizava a pessoa amada dentre as demais. Um deleite por desfrutar da presença e compartilhar o amor.
    A relação entre Desejo e satisfação fica clara no capítulo 2, versículo 7, quando a esposa diz: "Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, pelas gazelas e cervas do campo, que não acordeis, nem desperteis o amor, até que este o queira". O amor tem o tempo certo de maturação, de estar pronto, um desejo certo para cada momento de satisfação, e uma satisfação correspondente a cada momento de desejo. De modo que, no momento certo, ele será pleno.
    É preciso observar a voz do amor, desfrutar da expectativa pela sua chegada, gozar a expectativa na medida, na intensidade certa pela chegada do amor. Uma ansiedade descontrolada provoca erros, precipitações, e consequências desastrosas.
    No tempo certo, colhem-se os frutos. Chega a época que o amor frutifica, é o tempo de Deus, onde tudo é abundante e satisfaz completamente. Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor (Oséias 6:3), Ele nos aproxima de nós mesmos, e, fazendo-se conhecer, desvenda nosso próprios mistérios, revela nossos desejos, totalmente saciáveis pela perfeita criação. Aparecem as flores, as figueiras dão frutos, as flores exalam seu perfume, e a vida revela a satisfação, o prazer.
    Vem os perigos, provas para testar a pureza do sentimento. Raposas querendo estragar as vinhas (vs. 15). Dificuldades e frustrações, ameaças de dentro e de fora, ardis que tentam interferir na relação harmoniosa. Todavia, reafirma-se a certeza de pertencimento. Algo que não muda, não existe dúvida nem desconfiança: "o meu amado é meu e eu sou dele". Não há divergência entre desejo e satisfação, quando se tem a certeza de pertencimento, por isso, a sua afirmação, mesmo que ainda incerta, revela um passo de fé.
    Assim, o amor resolve a questão entre desejo e satisfação, sobrepondo-se ao olhar arrogante dos aproveitadores, que utilizam as pessoas como coisas, ou, simplesmente, vivem relações baseadas em convenções morais. Somente Deus, através do seu amor, promove a plena satisfação dos nossos desejos.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

A Reforma Gerencial do Estado Brasileiro

A partir do esgotamento do modelo anterior, o chamado burocrático, fica claro a necessidade de um novo modelo de Estado, baseado em novos paradigmas, quais sejam: o gerencialismo e a perspectiva democratizante. Esta última tem dificuldades quanto a sua conceituação pouco formalizada, o que não ocorre com o gerencialismo, fruto de um revigoramento do pensamento neoliberal. 

Enfatizando os dois conceitos: 1) Nova Administração Pública: Considerado um enfoque socialdemocrata de cunho neoliberal, que realça a necessidade de redução do tamanho do Estado e da modernização gerencial do setor público; 2) Modelo democrático-participativo: objetiva estimular a organização da sociedade civil, ampliando os espaços de decisão com a participação popular na concepção, acompanhamento e controle das políticas públicas.

O gerencialismo é dividido em dois estágios: 1) Privatização, descentralização, desregulamentação; 2) Estruturação da capacidade administrativa institucional. Um exemplo dessa nova modelagem institucional foi a criação do MARE - Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado, bem como, das Agências Reguladoras.

Com a Administração Pública Gerencial, há uma redefinição do papel do Estado, que "deixa de ser o responsável direto pelo desenvolvimento econômico e social pela via da produção de bens e serviços, para se adequar a uma nova função de Estado gerencial" (MATIAS-PEREIRA,2008,p.114). Desta forma, objetivou-se   promover a eficiência estatal por meio da descentralização administrativa e da apuração de resultados. Para Bresser Pereira (2005), o Gerencialismo apresenta os seguintes princípios:

Princípios relacionados à estrutura do Estado:
1. O Estado fornecerá diretamente, por meio de seu serviço público estatutário, somente as atividades exclusivas de Estado, isto é, as atividades que envolvem o uso do poder do Estado, ou que controlam os recursos do Estado.

2. Entre as outras atividades, as atividades auxiliares devem ser diferenciadas do fornecimento de serviços sociais e científicos. As primeiras devem ser competitivamente terceirizadas para empresas comerciais, e os últimos, terceirizados para organizações não-governamentais.

Princípios relacionados ao serviço público

1. A administração pública será baseada no serviço público profissional e de alto nível, recrutado e promovido de acordo com o mérito e treinado de acordo com o "ethos" do interesse público, bem pago e motivado por diversos incentivos.

2. Os funcionários públicos estarão comprometidos com a efetividade da organização do Estado e com o estado de direito na medida em que adotarem de forma contemporânea os princípios clássicos da administração pública burocrática; com a eficiência ou a redução de custos e com o aumento da qualidade dos serviços públicos, na medida em que estiverem administrando serviços públicos de acordo com os princípios da moderna gestão pública.

Princípios relacionados às práticas de gestão

1. Em um mundo onde a mudança tecnológica e social é cada vez mais rápida, os servidores públicos devem ser mais autônomos na tomada de decisões e, em compensação, eles, assim como as agências que administram ou para as quais os serviços sociais e científicos são terceirizados, devem ser mais responsáveis perante a organização do Estado e a sociedade.

2. O aumento da responsabilização será alcançado através da combinação dos mecanismos clássicos de supervisão administrativa e auditoria próprios da administração pública burocrática com os mais recentes métodos de responsabilização próprios da moderna gestão pública: administração por resultados, competição administrada visando excelência, e controle social.

3. O aumento da responsabilização será também alcançado através da adoção de uma política de total transparência, que envolve amplo uso da Internet.
 
4. O aumento da eficácia será alcançado na medida em que as instituições jurídicas estejam bem adaptadas aos valores e sentimentos da sociedade, e os funcionários públicos estejam comprometidos com o "ethos" do serviço público.

5. O aumento da eficiência estará assegurado na medida em que funcionários
públicos mais autônomos sejam capazes de escolher os meios para alcançar os objetivos acordados, sintam-se orgulhosos dos resultados alcançados, e sejam devidamente recompensados.

6. O aumento da eficiência também será alcançado pela adoção generalizada da informática.

Considerações finais 
No Brasil adotou-se o gerencialismo na estruturação da máquina governamental, introduzindo-se formas de atendimento ao cidadão (cliente), acolhendo instrumentos de incentivos por resultados para os servidores, e programas com metas pre-estabelecidas, dentre outras medidas.
Salienta-se que, embora esta nova postura gerencial apresente melhores resultados quantitativos, não garante que a respectiva política pública tenha efetividade, por exemplo: mesmo que determinada escola apresente um alto índice de aprovação dos seus alunos, isto não garante que a educação desenvolvida seja de boa qualidade.


Referências



Bresser-Pereira, Luiz Carlos (2004) Democracy and Public Management Reform. Oxford:
Oxford University Press. Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (2005) "Abordagens e Metodologias Ascendentes para o Desenvolvimento de Fundamentos e Princípios de Administração Pública: O Exemplo da Análise Organizacional Baseada em Critérios". Documento apresentado ao Comitê de Especialistas em Administração Pública, Quarta sessão, Nova Iorque, 4-8 de abril de 2005 (E/C.16/2005/3).


MATIAS-PEREIRA, José. Curso de Administração Pública. São Paulo, Atlas, 2008.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

ELEMENTOS DA CULTURA


Símbolos – São palavras, gestos, figuras ou objetos que exteriorizam um significado, que é apenas reconhecido por aqueles que compartilham a cultura.
Os símbolos são constituídos de várias coisas concretas ou abstratas que se lhe são atribuídos valores ou significados específicos, dentro de um contexto cultural, por meio de atos, atitudes e sentimentos. A criação deles consiste, basicamente, na associação de significados daquilo que pode ser percebido pelos sentidos.

Heróis – São pessoas, vivas ou falecidas, reais ou imaginárias, que possuem características altamente valorizadas numa determinada cultura e, por isso, servem como modelo, referencial ou padrão de comportamento. O termo herói designa originalmente o protagonista de uma obra narrativa ou dramática. Para os Gregos, o herói situa-se na posição intermédia entre os deuses e os homens, sendo, em geral filho de um deus e uma mortal (Hércules, Perseu), ou vice-versa (Aquiles). O herói tem dimensão semi-divina.
Herói será tipicamente guiado por ideais nobres e altruístas – liberdade , fraternidade , sacrifício , coragem , justiça , moral, paz . Eventualmente buscará objetivos supostamente egoístas (vingança , por exemplo); no entanto, suas motivações serão sempre moralmente justas ou eticamente aprováveis, mesmo que ilícitas. Aqui é preciso observar que o heroísmo caracteriza-se principalmente por ser um ato moral .
Exemplos de Heróis: Hércules – mitologia grega; Davi – História bíblica; Zumbi dos palmares;
Chico Mendes – ambientalista.

Mitos – Contos ou representações culturais utilizados para explicarem fenômenos da natureza e sua relação com o homem. Atualmente, fala-se de uma Mitologia Moderna, advinda de lendas urbanas e de várias outras fontes. Servem para os diversos grupos culturais exprimirem suas contradições, valores, crenças e códigos.

Rituais – São atividades coletivas, tecnicamente supérfluas para atingir fins desejados, mas consideradas essenciais numa determinada cultura. Servem para o fortalecimento dos vínculos e propósitos. São exemplos: formas de cumprimento, comemorações, acolhimento de novos membros.

Valores - são conceitos, modos de agir das pessoas e pode ser cultural ou social; são diferenciados de pessoa para pessoa e através deles cada um expressa seus sentimentos, suas críticas, sua forma de ser e ver o mundo. Podem ser, estéticos, éticos, políticos e religiosos.

IMPLANTANDO NOVIDADES – Gerenciando a mudança


  • A resistência à mudança é algo natural – A nova perspectiva procura mostrar não só os receios à mudança como naturais, mas, sobretudo, a profunda transformação nas relações de trabalho que tornam a oposição à mudança mais manifesta.

Receios da Mudança:

  1. Receio do futuro – Construção de imagens de um futuro desconhecido, que ameaçam o equilíbrio presente. Incapacidade de correr riscos ou de contrapor-se aos hábitos estabelecidos;
  2. Recusa ao ônus da transição – Para que se alcance um futuro promissor o caminho será de incertezas, dificuldades e conflitos;
  3. Acomodação ao status funcional – Para se implantar uma nova ordem há de se subverter a existente, obrigando as pessoas a reavaliarem os seus próprios valores, atitudes, comportamentos e condições de trabalho;
  4. Receio do passado – Pessoas negativamente afetadas por experiências anteriores adquirem bloqueios e resistências à ideia de mudar.

Tipos de Incongruências (grau de identificação do indivíduo com a organização):

  1. Dissidência – O funcionário sente-se limitado apenas à dimensão programada de suas funções: constata um hiato entre seu papel e seu potencial e não vê a sua capacidade de contribuição devidamente valorizada e reconhecida;
  2. Apatia – Indiferença e não manifestação de identidade com valores e práticas organizacionais; Resignados, não se importam com os destinos da organização;
  3. Ressentimento – Ressentimentos e mágoas, pela retirada da possibilidade de progresso. Não se sentem responsáveis pelos erros e fracassos.

Várias recomendações:

  • Conceda aos outros e a você mesmo a oportunidade de ser criativo: estranhe a normalidade e desafie o óbvio;
  • Reforce a postura otimista perante a vida: aja e procure ser útil diante dos problemas;
  • Considere valores e lealdades. São tão importantes quanto o conteúdo substantivo da novidade;
  • Procure singularizar a organização; não receie detalhes.
  • Atualize continuamente os objetivos, os métodos e as expectativas individuais;
  • Transfira poder e iniciativa: incentive e recompense desafios ao status quo;
  • Adote a perspectiva globalista: reeduque todos e a você mesmo em relação à globalidade dos processos e problemas;
  • Procure flexibilidade: reconcilie variedade e contradições;
  • Favoreça formas participativas e comunicações autênticas;
  • Trate com equidade direitos e prestígios individuais;
  • Considere problemas pendentes.
 (Roteiro de aula)

Referência:
MOTTA, Paulo Roberto. Transformação Organizacional: A teoria e a prática de inovar. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001.


quinta-feira, 13 de outubro de 2011

ONGS: ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS


O conceito de ONG´s

A expressão “Organizações não-governamentais – ONG´s” origina-se da nomenclatura utilizada pela Organizações das Nações Unidas – ONU para designar as instituições internacionais que, “embora não representassem governos, pareciam significativas o bastante para justificar uma presença formal na ONU” FERNANDES,2000:26.

Momento embrionário:
Assistência social, originadas na filantropia e nas práticas religiosas de católicos-romanos (VERDÈS-LEROUX,1986:12), bem como, na ética protestante que, segundo WEBER(2001:75), considera que “Deus requer obras sociais do cristão, porque Ele deseja que a vida social seja organizada segundo seus mandamentos”.
Para FERNANDES (1994:16), “a tese do “sacerdócio universal”, proclamada pela Reforma Protestante no século XVI, abriu as hierarquias sagradas para a participação dos fiéis”, gerando uma mudança no perfil comportamental dos religiosos que, outrora limitados pelo clero romano, passam a participar efetivamente da vida religiosa, incluindo assim, ações de assistência social.

Atuação ampliada:
As (ONGs), que formam o terceiro setor, tiveram sua participação social ampliada e estimulada pelos setores ligados a Igreja e ao Estado no intuito de mobilizar esforços em socorro à população européia em estado de carência decorrente da II Grande Guerra Mundial.
O chamado “terceiro setor”, expressão que intenciona singularizar as características, formas de atuação e visão de mundo dessas organizações, que diferem, em vários momentos, daquelas expressadas pelo Estado, que representa o primeiro setor, e pelo mercado, que representa o segundo setor.

Considerações sobre o terceiro setor:
Terceiro Setor é um conjunto de organizações sem fins lucrativos que, não sendo de origem governamental, desempenha funções de caráter publico em diversas áreas como assistência social, educação, meio-ambiente e outras de interesse da sociedade. O termo “Terceiro Setor”, origina-se da expressão inglesa “third sector” de utilização corrente nos Estados Unidos. FERNANDES (2000:25)
Apresenta outras expressões utilizadas paralelamente a esta, como “non profit organizations” e “organizações voluntárias”, referenciando-se a instituições que não podem distribuir resultados financeiros a diretores ou associados. Na Europa, outros termos identificam tais organizações como “charities” (caridades) na Lei Inglesa, “filantropia” na literatura anglo-saxã, ou “mecenato” aludindo-se ao apoio dado às artes e ciências na idade média.
FERNANDES(2000:27) afirma que: “O terceiro setor é composto de organizações sem fins lucrativos, criadas e mantidas pela ênfase na participação voluntária, num âmbito não governamental, dando continuidade às práticas tradicionais da caridade, da filantropia e do mecenato e expandindo o seu sentido para outros domínios, graças à incorporação do conceito de cidadania e de suas múltiplas manifestações na sociedade civil”.

Concepções distintas: Países Centrais X Periféricos
Nos Países centrais e em especial na Europa, o terceiro setor surgiu no século XIX como alternativa ao capitalismo, tendo raízes ideológicas que vão do socialismo, em suas múltiplas faces, ao cristianismo social e ao liberalismo, visando novas formas de organização de produção e de consumo que, ora desafiavam frontalmente os princípios da economia política burguesa em ascensão, ora buscavam tão só minimizar os custos humanos da Revolução Industrial, funcionando de modo compensatório e em contra-ciclo.
Nos países Periféricos, O terceiro setor é o efeito de induções, quando não de pressões ou de interferências internacionais. (SANTOS)
Outro entendimento apontam dois fatores relacionados à emergência do terceiro setor na América latina, que seriam: a formação de um novo modelo de articulação social e um cenário aprofundado de crise política e econômica. (CASTILLO)

Funções do 3º Setor
  1. Contribuir para a construção do projeto de nação;
  2. Contribuir para a formação e o fortalecimento do comportamento de cidadão e da cultura democrática;
  3. Contribuir para a reinstitucionalização do âmbito público para aumentar a igualdade e fortalecer a governabilidade;
  4. Contribuir, criando condições para tornar possível a democracia cultural, ou seja, criar condições para que todos os diferentes sentidos e símbolos da diversidade social possam competir e circular em igualdade de condições.

Peculiaridades do 3º Setor no Brasil
  1. Sistema colonial; Lógica Patriarcal; Servil; Clientelista.
  2. Legitimação do sistema com a evangelização católica romana.
  3. Organização da sociedade – caráter filantrópico assistencialista.
  4. Influência da imigração
  5. Ditadura militar – ONG´s de cunho político e de defesa de direitos
Referência:

SILVA, Boaz Rios da. A Sustentabilidade das ONGs de assistência social: examinando experiências no município de Vitória da Conquista. 2004. 122 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Administração, Ufba, Salvador, 2004.