segunda-feira, 9 de abril de 2018

Boas recordações

Autor: Boaz Rios

Trazer à lembrança momentos passados, lembrar de pessoas, situações ou lugares guardados na memória, faz reviver sentimentos que, talvez adormecidos, guardam oportunidades para gratificantes reflexões.

A memória humana é repleta de recordações. Os bilhões de neurônios se articulam no cérebro para arquivar rostos, cheiros, lugares, situações, palavras, enfim, tudo que tenha ocorrido na vida das pessoas e no mundo. Tudo guardado como que em gavetas cujos dispositivos de abertura podem ser acionados por um perfume, uma palavra, uma música, uma imagem ou qualquer outro estímulo que desencadeie a lembrança.

As recordações promovem o prazer de reviver momentos agradáveis, ocasiões desfrutadas com amigos e familiares, ou na singela solidão de quem sentiu e guardou raras emoções. As más impressões que insistem em voltar à mente, mesmo que eventualmente, relembram situações constrangedoras, tristes ou decepcionantes, potencialmente capazes de provocar amargura e abater o ânimo.

Não é fácil se livrar de más recordações. Alguns vão dizer que o tempo apaga tudo, outros, que as boas lembranças superam os maus momentos. Contudo, mesmo que haja superação pessoal ou que se aprenda lidar no dia a dia com as más recordações, ainda assim, elas continuarão a existir, mesmo que no recôndito da alma.

A maneira como se enxerga a vida determinará o capítulo seguinte àquele no qual as más recordações traz o abatimento. Nas palavras do Mestre Jesus, "a candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz; se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso" (Mateus 6:22-23). É preciso enxergar a Deus mesmo em tribulações e, para tanto, o coração precisa estar limpo, afinal, "os limpos de coração verão a Deus" (Mateus 5:8). A constatação do Mestre a respeito daqueles que veem a Deus é a de serem bem aventurados, ou seja, são felizes os que limpam os seus corações e, mesmo que obscuramente ou embaçadamente (I Coríntios 13:12), na vida presente contemplam a Deus.

O apóstolo Paulo, não obstante a toda tribulação e sofrimento de sua vida, escreveu aos Filipenses (1:3) dando graças a Deus pelas boas recordações que guardava daqueles irmãos. Lembrou-se das coisas boas, de como cooperavam e participavam ativamente da pregação do evangelho. Os limpos de coração buscam um sentimento de pertencimento e não de rejeição, por conseguinte, se alegram e dão graças a Deus.

Haverá sempre nesta vida, um vestígio de incompletude e esperança, mas que não se confunde com desespero ou amargura. O sentimento de falta para o cristão é o crescente desejo de enxergar e compreender o seu Deus. Assim, no exercício da fé, em todas as recordações, resta a certeza de que Deus é mais do que se vê, tem mais a abençoar e pode mais do que tudo que pedimos ou pensamos (Efésios 3:20).

quinta-feira, 22 de março de 2018

Vida que desafia

Autor: Boaz Rios

A vida é movimento, é luta, é desafios. O universo se transforma, a terra gira, as estações pitam cores e desenham formas diversas. O mundo microscópico surpreende com suas peculiaridades: fungos, bactérias e outros micro-organismos promovem, incessantemente, uma verdadeira revolução natural.

Surgem mudanças a partir da ação humana, algumas boas, outras trazem consequências desastrosas. A tecnologia, por exemplo, sempre em constante evolução, movimenta o capitalismo ao mesmo tempo em que disponibiliza confortos para a vida humana. Como consequência, as pessoas, os governos, e as indústrias não conseguem resolver o problema do lixo tecnológico.

A estagnação, por outro lado, é sinal de morte. Deixar de crescer, de renovar, de movimentar, aponta para a possibilidade do esgotamento ou fim da vida. O certo é que o desafio ao novo é próprio à vida. Isto remete à necessidade de romper estruturas, transpor barreiras e vencer limitações.

Em um dos episódios narrados pelos evangelhos, Jesus, ao chegar a um lugar chamado Tanque de Betesda, percebeu que havia ali um paralítico, e lhe perguntou o que esperava naquele lugar. O homem lhe respondeu que acreditava que se conseguisse entrar na água quando esta era movimentada por um anjo, ele seria curado (Marcos 2:1-12).

Na história desse homem paralítico, a vida parece estagnada, sem nenhuma perspectiva. A primeira dificuldade era a sua condição de paralítico, num tempo no qual ninguém sequer cogitava sobre políticas de mobilidade urbana. A segunda dificuldade era a de sobreviver, num contexto social de total abandono, da sociedade ou do governo. Por último, a única possibilidade avistada naquela sombria circunstância era se locomover para a água e ter acesso à cura. Mas, trágico infortúnio, sua limitação física o impedia de ser curado, pensava ele.

Todavia, sobre a vida e o que ela reserva a cada pessoa, somente o Criador disciplina. Diante de circunstâncias adversas e ameaças à vida, ecos de morte insistem em ressoar. Jesus afasta os sinais de morte e renova na vida a esperança e a abundância (João 10:10). Jesus corrige os equívocos das falsas expectativas e mostra o caminho da restauração e da cura. Enfim, Jesus restitui a dignidade na vida, restabelecendo vínculos e relacionamentos. 

Na vida há realidades concretas que conspiram contra a própria existência. São diversas circunstâncias ou situações que desafiam, doem na carne e na alma,  e incomodam de verdade. É preciso ter cuidado com falsas expectativas e falsos caminhos, que da morte avizinham. Mais proveitoso é buscar a vida oferecida pelo Mestre Jesus, oportunidade para levantar-se, recolher-se da prostração e prosseguir em vida abundante.

quinta-feira, 15 de março de 2018

Magnificat: Engrandecido seja o Senhor!

Autor: Boaz Rios

Maria, após encontrar-se com sua prima Izabel,  enalteceu a Deus pela graça de trazer em seu ventre o Salvador. Ao entoar o cântico, chamado Cântico de Maria ou Magnificat (Lucas 1: 45-55), ela demonstrou ter um coração grato, reflexo consciente de ser alvo da graça divina.

Outras expressões de gratidão e louvor são encontradas na bíblia, como nos Salmos quando diz "Bom é render graças ao Senhor" (92:1) e "Celebrai com júbilo ao Senhor" (100:1). Também, o apóstolo Paulo escrevendo aos Efésios instruiu para que a gratidão fosse falada e cantada com salmos, hinos e cânticos espirituais (Efésios 5: 19-20).

Por certo, há muitas razões pelas quais de deva externar gratidão, como diz o velho cântico: " Uma a uma, dize-as de uma vez, e verás surpreso o quanto Deus já fez". Maria engrandeceu ao Senhor expondo seus motivos e razões, como veremos a seguir.

Em primeiro lugar, Maria diz que foi contemplada, recebeu atenção, foi percebida. Maria não tinha razões para ser percebida, não era de família rica, não tinha educação e nenhum destaque social. Ela relata com bela singeleza que Deus contemplou a sua humildade, ou seja, que nada foi preciso para alcançar a benção divina a não ser colocar-se na condição de serva. Então, a contemplação, atenção e percepção divinas não relacionam-se à qualquer atributo da pessoa que as recebe, mas ao próprio interesse e desejo de Deus. Isto quer dizer que Deus contempla os seus filhos, que os seus olhos os observam com atenção (Salmos 34:15), excetuando-se aqueles de coração soberbo (Provérbios 8:13).

A relação com Deus é pessoal e íntima. Muito embora a promessa fosse para toda a humanidade, Maria expôs com intensa alegria o fato de Deus tê-la contemplado pessoalmente. Davi afirma no Salmo 40 que após ter esperado confiantemente, Deus veio ao seu encontro, se inclinou, ouviu, socorreu e, ainda, pôs em seus lábios um cântico (Salmos 40:1-3).  Deus busca a cada pessoa, individualmente. Somente entre as pessoas a relação pode ser institucional, mas com Deus não. Ele busca os seus adoradores pessoalmente, aqueles que o adoram em espírito e em verdade (João 4:23).

Outra razão pela qual Maria exaltou ao Senhor foi pelos seus atos de justiça, pois, segunda ela Deus: Afasta os soberbos, destrona os poderosos e sacia os famintos (Lucas 1:51-53). A justiça de Deus opera na história contra toda a opressão, violência, arrogância e soberba. A justiça de Deus se manifesta de forma pura, original e objetiva, contrariando todo propósito contrário, mesmo que já impregnado na cultura ou nas mentes e corações. Sobre a intenção de Deus em trazer Justiça, o próprio Mestre Jesus assim se posiciona: "Não fará Deus justiça aos seus?" (Lucas 18:7).

Por fim, Maria exaltou ao Senhor porque Ele foi fiel às suas promessas, "ajudou a seu servo Israel, lembrando-se da sua misericórdia para com Abraão e seus descendentes para sempre" (Lucas 1:54-55). Certamente, esta motivação para exultar a Deus nunca desaparece, pois grande é a sua fidelidade (Lamentações 3:23).

O Deus eterno, misericordioso e fiel, continua a irradiar as suas boas novas de grande alegria a todos quanto o buscam de forma íntima e pessoal, acreditam em suas promessas e em seus atos de justiça. Da Divina visitação resulta uma nova vida, cheia de esperança, fé e amor, entusiasmada com a perspectiva de restauração total da existência em Cristo Jesus, ao qual se deve todo o louvor e adoração.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Descansar ou seguir em frente?

Boaz Rios

Quando os Judeus ocuparam o território de Israel expulsaram alguns povos, mas conviveram com outros, inclusive formalizando acordos, contraindo matrimônios, mesmo não sendo permitido por Deus. Esta relação com os vizinhos era difícil e hostil, gerando guerra, violência e morte, e, tendo a paz, certamente, como algo almejado por todos. Em um desses episódios turbulentos Israel lutou e derrotou os filisteus, então o Sacerdote Samuel pegou uma pedra e a colocou como um marco dizendo: "Ebenézer, até aqui nos ajudou o Senhor" (I Samuel 7:12). A palavra "Ebenézer" significa pedra de descanso, demonstrando um reconhecimento à Deus pela vitória alcançada.

De maneira semelhante, a vida é invadida por forças hostis, maldosas e cruéis causando muito sofrimento. Sem dúvida, ao encontrar um lugar de descanso, o desejo de qualquer coração angustiado é ali permanecer. É um conforto pensar na mensagem de libertação e paz trazida por Jesus quando disse: "Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei" (Mateus 11:28).

No entanto, a luta continua. Os inimigos da alma estão ao redor promovendo a morte. Descansar é bom, é fruto da benção e providência divinas, mas, também, é sinal que a fidelidade de Deus impulsiona a seguir em frente.

Ebenézer, pedra de descanso, é um marco que reconhece a fidelidade de Deus. O perigo é grande, e o inimigo é voraz. Os caminhos escolhidos, à vezes, beiram abismos. As ciladas do caminho apontam para a única esperança, saber que o livramento vem do Senhor: "Olho para os montes, de onde me virá o socorro" (Salmo 121:1-2). Colocar um marco significa proclamar, testemunhar, enaltecer, revelar o propósito de Deus em permanecer sendo o libertador, o guardador, como diz o Salmista: "Eis que não dorme o guarda de Israel" (Salmos 121:4).

Há um  perigo no lugar de descanso: acreditar ser ali o destino final. O lugar de descanso é o refrigério, o fortalecimento para continuar na batalha. É preciso combater o comodismo. É inútil agarrar-se à pedra de descanso, à oportunidade de refrigério. É preciso prosseguir, pois, como Deus esteve presente até ali, Ele continuará cumprindo o seu propósito no caminho que prossegue.

Desfrutar de vitórias e refrigérios no decorrer da caminhada estimula a seguir em frente. Este é o sentimento: Deus está conosco, nos trouxe até aqui, então prossigamos, como disse o Sacerdote Samuel: "Até aqui nos ajudou o Senhor". O propósito de Deus irá se cumprir na caminhada, no prosseguir daquele que se dispõe a levantar-se em luta contra o mal, dentro e fora de si. Sempre haverá um lugar de descanso, em que se possa dizer: Ebenézer.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Que darei ao Senhor?

Boaz Rios

Dar um presente a alguém não é tarefa aparentemente fácil. Envolve um conteúdo emocional além de fatores como conhecimento sobre a pessoa, condições financeiras, desprendimento pessoal, empatia, dentre outros.
Para presentear fica sempre a preocupação sobre de que forma prestar homenagem. O salmista Davi se preocupou com isso: "Que darei ao Senhor por todos os benefícios que tem feito para comigo" (Salmos 116:12).

Qual a razão desta preocupação? O que moveu o seu coração, qual a intenção do Salmista em fazer este questionamento? Seria insegurança, desconhecimento sobre a pessoa de Deus, insuficiência de recursos?
Talvez a preocupação de Davi em relação a Deus também exista em nós. Será que sentimos o desejo de honrar a Deus e não sabemos de que forma? O que poderia ajudar neste processo?
Vale ressaltar, em primeiro lugar, a necessidade de procurar conhecer a pessoa a quem quer presentear. Conhecer o gosto, a necessidade, o tamanho, as cores, enfim, todas as informações que facilitem identificar aquilo que satisfaça ao homenageado.
Quando não se tem nenhuma informação, o resultado da homenagem será sempre uma incógnita, um pulo no escuro. Será que vai agradar? O que agradaria a Deus? O que seria bastante para aquele que é Senhor de tudo, dono de tudo e de nada necessita?
Conhecer a Deus é importante e necessário. Será o que lhe agrada? Seria esta a questão que preocupa o salmista quando perguntou: "Que darei ao Senhor"?
No terrível episódio envolvendo os irmãos Caim e Abel, a bíblia relata que Deus não se agradou da oferta de Caim, pois ele não lhe conhecia, não sabia o que lhe agradava. Veja como Deus argumentou com Caim: "Porque decaiu o teu semblante? Se procederes bem não é certo que serás aceito? (Gênesis 4:6).
É necessário buscar conhecer a Deus, assim como afirma o profeta Oseias: "Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor" (Oseias 6:3).
Outro ponto a ser observado é que pode-se conhecer a Deus, saber do que gosta ou aquilo que lhe agrada, contudo não ter ou acreditar que não tenha, condições para ofertar. O presente pode ser oneroso, valioso, difícil para ser doado, incorrendo numa limitação pessoal no ato de dar, um sentimento de incapacidade de ordem física, material, financeira, emocional, etc.
Talvez teria sido este o problema aventado por Davi naquele momento em que perguntava o que daria à Deus. Estaria no dilema de saber o que deveria dar, como deveria agradar a Deus, mas não se sentir capaz de fazê-lo.
Certamente, em termos materiais, caso surgisse o desejo de dar a Deus algo tão oneroso que fosse impossível fazê-lo, ficaria o dilema por toda a vida: Que darei? O que farei? Como lhe agradarei? No entanto, certamente, tal dilema seria por falta de conhecimento sobre Deus, pois Ele não exige mais do que se pode dar, isto não lhe agradaria.
Contudo, até naquilo que se dispõe, persiste a sensação de incapacidade em agradá-Lo. Há indisposição em abrir mão de valores, de bens ou qualquer outro tipo de patrimônio. Há indisposição em ofertar tempo, habilidades e talentos. Há indisposição em comprometer as emoções, pois existem outras prioridades, outros desejos, outros diferentes deuses aos quais as homenagens são prestigiadas.
Desta forma, persiste a incapacidade, real ou deliberada, em não procurar agradar a Deus, até mesmo quando se deseja fazê-lo.
Outro aspecto essencial no ato de presentear a Deus é o envolvimento pessoal do doador. Não importa o tamanho, a cor, o valor ou características do presente, desde que venha com o nome, a essência, a vida do doador.
No mesmo texto o salmista Davi declara: "tomarei o cálice da salvação". Esta era a resposta ao seu questionamento inicial. O que ele precisava fazer era se envolver, se entregar, ofertar-se a si mesmo. A respeito do episódio entre Caim e Abel, o escritor da carta aos Hebreus informa que "pela fé, Abel ofereceu sacrifício mais excelente" (Hebreus 11:4). A diferença fundamental para a não aceitação não estava no conteúdo da oferta, mas no coração do doador.
Devoção, contrição, temor, obediência, serviço, amor, dentre outros, são alguns dos elementos encontrados na oferta aceita por Deus. Como afirma o salmista, um coração compungido e contrito Deus não despreza (Salmos 51:17). Este é o maior desejo do Pai celestial: "Dá-me, filho meu, o teu coração (Provérbios 23:26).

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Notícias de última hora: A chuva caiu, a água subiu...

Nunca se viu tantas e tão variadas notícias. Fala-se sobre tudo e sobre todos. A velocidade é imensa, quase instantânea. Muitos dizem que vivemos na era da informação, na qual as pessoas possuem acesso rápido e indiscriminado à todo tipo de informação, facilitado ainda pela expansão e acessibilidade aos meios digitais.
Diante disto, algumas questões carecem de respostas: O que as pessoas têm feito com as informações adquiridas? O conhecimento divulgado é útil? Com essas informações as pessoas ou a sociedade se transforma e se qualifica?

Em uma de suas parábolas, Jesus conta a história de duas casas. Uma foi construída na rocha e a outra sobre a areia. Veio chuva e enchente sobre as duas, mas somente a construída sobre a rocha resistiu. Em sua explicação, o Mestre compara a casa edificada sobre a rocha à pessoa que ouve a palavra de Deus e a pratica. Por outro lado, aquela casa que ruiu é semelhante à pessoa que ouve a palavra de Deus e não a pratica (Bíblia sagrada, Lucas 6:47-49).
O Mestre não tinha dúvida: Certamente há muitos que ouvem! As informações estão sendo digitadas, anunciadas, divulgadas por diversos meios de comunicação, chegando ao conhecimento de muitas pessoas. Alguns ouvem e refletem sobre as mensagens, no entanto, na maioria das vezes, as informações são descartadas. É preciso e importante anunciar, falar e divulgar, assim como, fazer com que as pessoas sejam alcançadas e influenciadas pela mensagem.
Contudo, é importante discernir o conteúdo daquilo que se está comunicando. É natural a percepção de que muito do que se divulga não tem o menor valor, sendo inútil, vil e, até mesmo, danoso. Jesus deixa claro que é necessário ouvir a palavra de Deus, quando ele diz: "Quem ouve estas minhas palavras". Jesus distingue as suas palavras, elas são diferentes. Manifestam a verdade, trazem vida, luz para o caminho, purificam, saciam a sede e conduzem ao Pai.
Porém, Jesus adverte para a prática da palavra de Deus, quando diz: "Quem ouve estas minhas palavras e as pratica". As palavras do Mestre não podem simplesmente serem ouvidas, colocadas no mesmo patamar das demais informações recebidas no dia a dia, pelo contrário, deve-se dar atenção e levar a efeito na própria vida, conforme afirma o apóstolo Tiago: "Tornai-vos, pois, praticantes da palavra" (Bíblia Sagrada, Tiago 1:22-24).
Por mais que se advirta há muitos que continuarão ouvindo de tudo, mas não darão ouvidos às palavras do Mestre. Por mais que se fale, há muitos que continuarão ouvindo, mas não colocarão em prática as palavras do Mestre. Desta forma, a chuva cairá, a água subirá e as casas hão de ruir. Por outro lado, aqueles que ouvirem e praticarem as palavras do Messias estarão seguros em suas moradas.