segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Diagnóstico Organizacional

O diagnóstico organizacional deve ser a representação mais fiel da situação real, permitindo que, a partir de uma nova perspectiva, a organização possa alcançar os seus objetivos. Deve-se evidenciar a visão estratégica da organização, elencando diretrizes, planos e metas, bem como, identificando, e se possível, neutralizando os fatores inibidores do avanço ou desenvolvimento organizacional.

A realidade das organizações e suas precariedades serão compreendidas a partir da identificação de sintomas. Estes refletem a existência de debilidades, fraquezas, ou mesmo, tendências danosas que exigem intervenções preventivas e/ou corretivas.

Daí, portanto, a importância do papel desempenhado por aquele que conduz o processo de diagnóstico organizacional. Caberá a ele promover um ambiente propício à sensibilidade situacional, adotando uma postura investigativa discreta, perceptiva, inquisitiva e bastante realista do objeto estudado.

A organização como um todo, deve empenhar-se no processo, num clima propício de abertura e comprometimento, no qual todos os integrantes, inclusive, diretores e pesquisadores, sintam-se partes do mesmo objetivo.

Ao pesquisador cabe, ademais, uma preparação teórica que fundamente os passos a serem seguidos e contribua para melhor perceber a realidade organizacional, numa leitura propositiva, que intervenha e determine um novo curso de ações, que otimize os recursos e promova resultados sustentáveis.

ETAPAS DO DIAGNÓSTICO

  1. Organização – Estabelecer a estratégia de atuação, através de reuniões nas quais se definam os papéis de todos os participantes, a duração, a estrutura e o custo dos trabalhos;
  2. Orientação – É uma fase exploratória pela qual se obtém dados que levam ao conhecimento histórico pela observação do passado e do presente daquela instituição. Além da análise do ambiente interno, é necessário que seja observado o ambiente externo para um estudo de cenários, de ambiente competitivo, como também, de experiências exitosas de outras organizações que possam ser aplicadas a esta realidade.
  3. Direcionamento – Estabelecimento de critérios com o nivelamento das informações entre todos, selecionando, organizando e sintetizando todos os dados.
  4. Plano de Ação – Firmar compromissos, estabelecer prazos e definir metas.
  5. Avaliação – Monitorar os resultados, reexaminar os caminhos traçados e adaptar os planos.

ASPECTOS IMPORTANTES DO AMBIENTE INTERNO DE UMA ORGANIZAÇÃO

ASPECTOS ORGANIZACIONAIS

ASPECTOS DE PESSOAL

Rede de comunicação

Estrutura da organização

Registro de sucessos

Hierarquia de objetivos

Política, procedimento e regras

Habilidade da equipe administrativa

Relações trabalhistas

Práticas de recrutamento

Programas de treinamento

Sistema de avaliação de desempenho

Sistema de incentivos

Rotatividade e absenteísmo

ASPECTOS DE MARKETING

ASPECTOS DE PRODUÇÃO

Segmentação do mercado

Estratégia do produto

Estratégia de preço

Estratégia de promoção

Estratégia de distribuição

Layout das instalações da fábrica

Pesquisa e desenvolvimento

Uso de tecnologia

Aquisição de matéria-prima

Controle de estoques

ASPECTOS FINANCEIROS

Liquidez

Lucratividade

Atividades

Oportunidades de Investimentos

Fonte: CERTO (1993).

Referências:

CERTO, S. C. Administração Estratégica: Planejamento e implantação da estratégia. São Paulo: Makron Books, 1993.

OLIVEIRA, Djalma de P. Rebouças de. Planejamento Estratégico: Conceitos, metodologia e práticas. São Paulo: Atlas, 2010.

Gestão Pública: Política, Estado e Governo


1. Conceito: A palavra política é originária do grego pólis (politikós), e se refere ao que é urbano, civil, público, enfim, ao que é da cidade (da pólis). Consiste na forma de articulação e convivência dentro de uma organização social. Por sua vez, Organização social, é qualquer ajuntamento humano que tenha um objetivo comum, enfatizando que a "organização social implica algum grau de unificação, ou união de diversos elementos numa relação comum" (IANNI, 1973, p. 41). A atividade política está associada, também,  a uma forma de atividade humana relacionada ao exercício do poder. Uso da política para a manutenção do poder. O poder gera privilégios para os seus detentores e associados. Política difere de Governo, muito embora ao governar, ou mesmo ao pleitear o governo, as pessoas utilizam-se necessariamente da política. Governo significa:
· Ciência do governo dos povos. Maneira hábil de agir.
· Governar envolve: conduzir, regular, promover e proteger.
  • ESTADO: Trata-se de uma entidade abstrata; “É soberano e está encarregado de representar ou expressar a coletividade; possui um quadro jurídico e administrativo, que define suas regras organizando as formas da existência social; e se constitui na instância governamental que, em última análise, toma decisões referentes aos negócios comuns” (Chatelet, 1983 in Matias-Pereira, 2008). 
2. Evolução histórica
· Pensamento Grego - Aristóteles e Platão  : Para Aristóteles, o homem é um animal social por natureza, que desenvolve suas potencialidades na vida em sociedade, organizada adequadamente para seu bem estar. “Em todas as ciências e artes o fim é um bem, e o maior dos bens e bem no mais alto grau se acha principalmente na ciência toda-poderosa; esta ciência é a política, e o bem em política é a justiça, ou seja, o interesse comum” (política, 1283ª, Livro III, cap. VII, apud MATIAS-PEREIRA, 2008): Elementos constitutivos do Estado: a) Governo formado por membros da elite política; b) Burocracia ou tecnoburocracia pública; c) Força policial e militar; d) Ordenamento jurídico impositivo.
     Na República de Platão, o governo seria exercido por pessoas inspiradas pelo bem comum.  A República deveria ser dividida em três grupos sociais, à semelhança das almas dos indivíduos: os filósofos, grupo dirigente que corresponde à alma racional; os guardiães ou soldados, encarregados da defesa da cidade, correspondendo à alma irascível; e os produtores (agricultores e artesãos) comparados à alma concupiscível.

· Maquiavel (1469-1527): A recusa da prevalência dos valores morais na ação política sinaliza um novo conceito. Maquiavel propõe uma ciência política independente, se afastando do pensamento grego preso à idealização de um governante virtuoso, bem como, distanciando-se do pensamento medieval controlado pelo catolicismo romano. Para Maquiavel, o governo se estabelece pelas armas ou pelo voto.  “os homens amam conforme sua vontade e temem conforme a vontade do príncipe, um príncipe sábio deve se apoiar naquilo que depende de sua vontade e não naquilo que depende da vontade de outros”. A visão pragmática da política faz com que o governante aproveite as oportunidades para conquistar e manter o poder. Maquiavel funda uma nova moral, a moral mundana que se forma a partir dos relacionamentos dos homens, ou seja, a moral do cidadão que constrói o Estado.

Contratualitas:

· Thomas Hobbes (1588-1679): Os homens em seu estado natural vivem como animais, jogando-se uns contra os outros pelo desejo de poder, riquezas e propriedades. Para evitar a autodestruição, é necessário um acordo, um contrato, que imponham limites às próprias atitudes egoístas. O Estado, para Hobbes, se apresentava como Senhor absoluto, cabendo aos cidadãos ou súditos a obediência sem questionamentos, pois este funcionava como uma ordem absoluta e controladora, com o objetivo de tirar os homens da guerra de todos contra todos.
· John Locke (1632-1704): O nascimento do Estado é um ato de liberdade de decisão e princípio de sobrevivência e preservação. Almeja unir-se em sociedade com outros que já se encontram reunidos ou projetam unir-se para a mútua conservação de suas vidas, liberdades e bens. O contrato social permite superar o estado de natureza, estabelecendo a liberdade e a igualdade entre todos, para que a lei seja aplicada igualmente. Esse contrato não gera um poder absoluto para o Estado, pois pode ser desfeito por aqueles que o firmaram, e o Estado não pode tirar o poder supremo sobre a propriedade individual. Acontece a separação entre o que é político (público) e o que é civil (propriedade particular).
· Jean-Jaques Rousseau (1712-1778): No livro Do Contrato Social, Rousseau argumenta que o homem era naturalmente bom. No estado de natureza o homem se apresenta como o bom selvagem, e o mal que existisse deveria ser atribuído à própria sociedade. O homem abre mão da sua liberdade em favor do Estado, ou seja, cada individuo está obrigado a ser livre. O homem só pode ser livre se for igual. O povo nunca pode perder a sua soberania, por isso não pode criar um Estado distante de si mesmo. O único órgão soberano é a assembléia do povo.

Pensamento Comunista:
· Marx (1818-1883): Oposição entre classe dominante e classe dominada. Os meios de produção são de propriedade da classe dominante que explora o trabalhador ao lhe pagar um salário aquém do real valor alcançado pela produção. Esta diferença é o lucro, que na teoria Marxista é a apropriação do valor que deveria ser pago ao trabalhador, chamado de "mais-valia". Sua doutrina objetivava acabar com a propriedade privada e, por fim, com o próprio Estado. 
Nicos Poulantzas, a partir de Marx e Lênin, e da teoria da luta de classes, chama de poder “a capacidade de uma classe social de realizar os seus interesses objetivos específicos”.
· Engels (1820-1895): “O Estado é, um produto da sociedade quando esta chega a determinado grau de desenvolvimento; é a confissão de que essa sociedade se enredou numa irremediável contradição com ela própria e está dividida por antagonismos irreconciliáveis que não consegue conjurar. Mas para que esses antagonismos, essas classes com interesses econômicos colidentes não se devorem e não consumam a sociedade em uma luta estéril, faz-se necessário um poder colocado acima da sociedade, chamado a amortecer o choque e a mantê-lo dentro dos limites da ordem. Este poder, nascido da sociedade, mas posto acima dela, e dela se distanciando cada vez mais, é o Estato”

3. Tarefas para a atividade política:
· Obter consenso da sociedade civil;
· Transformar este consenso em poder de direção hegemônico.

4. Considerações finais:
·       O exercício do voto constitui um objetivo político para demandas da sociedade. O voto    representa uma vontade popular, uma escolha da maioria. O que pode parecer uma nova forma de tirania (muitas vezes chamada ditadura da maioria) é inegavelmente a forma mais justa encontrada pelas civilizações para a escolha dos seus representantes.
· Nem sempre as propostas políticas satisfazem os interesses da sociedade; A expressão popular se dá não só através de partidos e candidatos.
· A vivência em comunidade determina a necessidade de criação de espaços de negociação e articulação. É preciso mais do que pensar a política como um espaço para partidos, negociatas, jogos de poder escusos, a política é acima de tudo o ambiente para o exercício da cidadania e espaço para argumentação. Buscar consensos, caminhos que sejam os mais interessantes e equânimes para todos fazem parte da arte de fazer política.

Referências:
MAAR, Wolfgang Leo. O que é política. 16ª Ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.
Matias-Pereira, José. CURSO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: Foco nas Instituições e Ações Governamentais. São Paulo: Atlas, 2008.

sábado, 7 de agosto de 2010

O Profissional da Administração

O profissional da Administração

Consultor:

· Consultoria é o processo pleno de interatividade no qual um agente de mudança (externo) se compromete a aconselhar competentemente as pessoas da organização (geralmente do nível hierárquico superior) envolvidas nos mais variados processos da organização;

· A consultoria constitui um conjunto de atividades, obrigatoriamente estruturadas e orientadas para um fim;

· Por ser um agente externo, o consultor deve agir como parceiro, estimulando a reciprocidade e criando um clima de colaboração;

· O trabalho do consultor presume a consciência do compromisso assumido para com a empresa;

· O consultor deve lembrar que, embora não seja quem decide, aconselha. Logo, essa decisão de alguma forma sempre irá afetá-lo.

· Características da atividade de consultoria:

o Conhecimento – Para a tarefa de aconselhar é necessário que o consultor tenha conhecimento profundo sobre a área;

o Experiência – Conhecimento aplicado. Estágios. Atuação em áreas diversas;

o Neutralidade – Manter-se como observador atento e cauteloso, evitando conclusões emotivas, preconceituosas e precipitadas;

o Visão sistêmica e de ambiente – Implica na concepção do setor em relação ao todo organizacional e da empresa em relação ao ambiente externo;

o Ética – Prestar consultoria a várias empresas exige muita discrição e total sigilo quanto às informações obtidas.

Executivo:

· Um exemplo a ser seguido. O líder. Aquele que marca o ritmo.

· Características da atividade de um Executivo (a):

o Aspectos comportamentais – Trabalhar em equipe, ouvindo diversas opiniões que ajudem na tomada de decisão. Ser sensível às capacidades e limitações da equipe de trabalho. Ter intuição;

o Habilidades – Saber inovar e aceitar as inovações propostas. Manter o clima favorável ao processo de mudança organizacional. Manter o equilíbrio para não desestabilizar;

o Conhecimento – Deve ser desenvolvido como propósito pessoal; Como necessidade da sua área específica; como visão de mundo;

o Foco nos negócios – Não desviar a atenção para intrigas internas ou questões secundárias;

o Atentar às demandas do mercado – Quem determina é o mercado.

o Conhecer aspectos econômicos, sociais e políticos – Compreender que a organização se relaciona com o mundo.

· Regras para a legitimidade do Executivo (Hicks, 2003):

o Regra 1 – Ative intuições – Exercite a mente, pense nas possibilidades em diversas situações;

o Regra 2 – Abrace seu trabalho – Disposição, compromisso, dinamismo, esforço concentrado;

o Regra 3 – Recuse-se em se conformar – Lute sempre, em busca de respostas inéditas;

o Regra 4 – Transforme o stress em energia positiva –

o Regra 5 – Revise planejamentos, pensando no possível –

o Regra 6 – Dê, e não tome de ninguém – Regra de ouro, absoluta, que visa plantar e colher o bem;

o Regra 7 – Exija a verdade – Ocasiona ações positivas a partir de maior respeito e confiança.

Empreendedor (a), Empresário (a):

· O caso de Benjamin Katz – Auditor fiscal, pediu demissão; Trailer de sanduíches; Alimentação demandava muito tempo; Camisetas com estampas em silk screen; Negócio de ouro; mercado imobiliário financeiro; rastreamento de veículo. O Empreendedor está sempre buscando novas oportunidades. O empresário preocupa-se em manter a lucratividade do seu negócio.

· O caso Boticário – Fundado em 1977, seu dono Miguel Krigsner achava que o lucro era pequeno. Acreditava que devia mudar para continuar ganhando. Dos 27 diretores, 24 saíram da empresa. Os problemas: desprepara para o ambiente competitivo, falhas na comunicação, desperdiço. O redesenho aplicado à empresa garantiu a sua liderança no mercado nacional.

Referência:

ARAUJO, Luis Cesar G. de. Teoria Geral da Administração: Aplicação e Resultados na Empresas Brasileiras. São Paulo: Atlas, 2004.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Gestão Pública: O que é política?


Gestão Pública: O que é política?

(Roteiro de Aula: Gestão Pública - prof. Boaz Rios)


O significado de política surge através dos movimentos que visam interferir na realidade social a partir da existência de conflitos que não podem ser resolvidos de nenhuma outra forma. A política surge com a própria história, com o dinamismo de uma realidade em constante transformação que continuamente se revela insuficiente e insatisfatória e que não é fruto do acaso, mas resulta dos próprio homens vivendo em sociedade.

Algumas questões:
 A política serve para se atingir o poder? Seria a política a própria atividade exercida no plano deste poder? As eleições, ou as armas, servem para confirmar ou para transformar?


Onde encontramos a política?
Nas igrejas (política eclesiástica); No mundo dos negócios: empresas, sindicatos, clubes, associações; Nas entidades sociais: ONGs, escolas; Nos bairros, condomínios, etc.

Qual a diferença entre Políticas e política
. Para a expressão políticas, entende-se que são ações que visam traduzir ou expressar anseios e interesses sociais. Já a política dos partidos visam atender aos interesses da sociedade, bem como, a disputa pelo poder (política). Na língua inglesa há diferença entre os termos: Policy - Política internacional, de saúde, educação, desenvolvimento social, etc. Politics - Debate parlamentar ou disputa pelo poder.

Quais são os desafios políticos
: Para o capitalismo - Mesmo as sociedade capitalistas mais estáveis e ricas, não conseguem acabar com a pobreza? Para o socialismo - Mesmo com o fim da propriedade privada, porque temer a participação social, se os interesses sociais são atendidos?
Desta forma, a atividade política passa a ser um "mal necessário", uma atividade social transformadora pela qual se visa alcançar certos fins utilizando-se de determinados meios.
O sentido individual-humano X sentido social político:


  • Como conciliar as minhas escolhas individuais com as minhas escolhas políticas?
  • Como casar a necessidade de canalizar esforços em conjunto com a diversidade das possibilidades individuais?
  • Em nome de que sustentar uma vontade que poe implicar no sacrifício do desejo?


Sonhar é preciso!


"Sonhar é preciso, desde que realizemos o sonho meticulosamente e o confrontemos passa a passo com a realidade" (Lênin)


" A política consiste num esforço tenaz e energético de furar tábuas duras de madeira. Este esforço exige simultaneamente paixão e precisão... Não se poderia jamais esperar o possível se no mundo não houvesse sempre a esperança no impossível... É preciso que as pessoas se armem sempre da força da alma que lhes permitirá ultrapassar todos os naufrágios das esperanças, mas que o façam desde o presente, senão não serão capazes de fazer o que é possível ser feito hoje. Aquele que está convencido disto possui a vocação política" (Max Weber)

Individualidade e coletividade

A própria atividade política, longe de ser apenas voltada a uma transformação do mundo objetivo com vistas ao futuro, significa, também, o exercício de uma atividade transformadora da consciência e das relações com o mundo. A democracia para a se interiorizar como uma conduta pessoal, de modo que as escolhas pessoais possam encontrar-se com as escolhas políticas.




A Dominação:


O Estado se relaciona com a sociedade de duas formas: pelas armas e pelo voto
  1. Coerção - Exercício da força, uso das armas. Sociedade política. Administração pública, Leis, judiciário, censura, polícia e forças armadas.
  2. Hegemonia - Exercício do voto. Sociedade civil: Partidos políticos, imprensa, escolas, igrejas e sindicatos.


Os Meios da Política: Força e Consenso

"A arma é o voto do governo; o voto é a arma do cidadão" (Millôr Fernandes)
Para Maquiavel, o príncipe deveria manifestar as virtudes da força e da astúcia para manter o seu poder.
Para Max Weber, a legitimidade do poder estaria na: 1) Eficácia ou legitimidade racional; 2) Tradição; 3) Carisma.
Para Gramsci, o estado não seria um aparelho coercitivo à procura do consenso; mas, ao contrário, uma manifestação consensual escorada na força de se impor, e se tornar dominante.

As tarefas da Atividade Política:
  1. Obter um consenso na sociedade civil, pela organização e mobilização em torno de direções a serem adotadas pela sociedade;
  2. Transformar o resultado deste consenso em poder de direção hegemônica na "sociedade política" amparada nos seus instrumentos de coerção legal.

Referência:
MAAR, Wolfgag Leo. O que é política. São Paulo: Brasiliense, 1994.