sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Os sonhos motivam a vida!

Autor: Boaz Rios
Você se lembra do que sonhou ontem? 
Eu, particularmente, tenho dificuldade em lembrar dos meus sonhos. No entanto, dizem os especialistas, que todas as pessoas sonham. Quando adormecemos, nosso consciente dá lugar às manifestações do inconsciente, que produz imagens e sons não limitadas pelas repressões que normalmente ocorrem no convívio social.
Sonhar pode significar uma percepção de fatos futuros e, neste caso, associa-se tal manifestação a uma relação com o mundo espiritual, uma revelação divina que ilumina a alma humana desvendando os mistérios da vida. No Sonho de Mônica, Santo Agostinho  destaca a importância do sonho como um meio de revelação, nas palavras: "Por esse sonho, foi anunciada com antecedência, a essa piedosa mulher, para sua consolação na aflição presente, uma alegria que só teria muito tempo depois". Na história dos Hebreus, Jose do Egito sonhou que livraria seu povo da fome e que todos se inclinariam perante ele em sinal de gratidão e reverência.
Os sonhos, também, podem representar grandes objetivos a serem alcançados. Aquelas que perseguem metas grandiosas, alvos que, por tão distantes, parecem inatingíveis, geralmente são tidas por pessoas sonhadoras. 
Os sonhos, finalmente, estabelecem metas (alvos) não visíveis no momento. O fato de não ver, não perceber nas circunstâncias, condições apropriadas para determinada realização, não significa uma definitiva inviabilidade. Estabelecer alvos implica em superar o presente e avistar um futuro melhor.
Qual tem sido o papel dos sonhos em sua vida?
Reconhecer e analisar situações e fatos do passado e do presente são de grande importância para o crescimento pessoal. No entanto, essas bases não devem representar limitações, obstáculos para novas conquistas. O passado e o presente geram a previsibilidade, condição que brota dos fatores já conhecidos e determinam o futuro. Por esta razão, para que se almeje um futuro melhor, não previsível, é preciso romper com esses limites.
A consequente efetivação de fatos determinados pela previsibilidade, só não ocorrerá quando, no percurso, outros fatores alterarem a trajetória dos acontecimentos. Ao acreditar em seus sonhos, José do Egito, alterou a tendência de fome e morte do seu povo, fazendo com que os Hebreus se tornassem ricos e numerosos ao ponto dos egípcios temerem tal crescimento. Assim, as condições inexistentes não são determinantes, porquanto,  vê não é tudo, como bem afirma o mestre Jesus Cristo: "Bem aventurado aquele que não viu e creu (joão 20:29).
Por outro lado, os sonhos fazem com que as coisas presentes, circunstanciais, sejam passageiras (meios). Acreditar que os fatores presentes são determinantes é o mesmo que afirmar o fim da jornada, a realização plena ou ter chegado a um patamar insuperável. Por isso, sonhar é importante: mantém viva a esperança de novas conquistas.
Quem sonha, tem sempre a percepção de estar no meio do caminho. Estar no caminho, às vezes, incomoda. São os transtornos das mudanças, das incertezas e das inconstâncias. Mas, sem os incômodos próprios do caminho, não se chega ao destino. 
Enfim, os sonhos nos colocam em sintonia com Deus. Ele é a perfeição, a verdade, a plena satisfação de todos os desejos e realização de todos os sonhos. Deus é maior que o mundo visível. Maior que a vida que temos. Maior do que pensamos ou imaginamos (Efésios 3:20).
É preciso sonhar e acreditar nas realizações futuras. Havia um homem chamado Simeão, sacerdote de Deus, que ministrava diariamente no templo, quando, já na sua velhice, viu adentrar uma mãe trazendo nos braços um menino para ser abençoado. O menino era o Senhor Jesus Cristo, e Simeão declarou: "Agora, Senhor, despedes em paz o teu servo, segundo a tua palavra; Pois já os meus olhos viram a tua salvação" (Lucas 2:29-32). Quando ocorre o que Deus sonha para nós, ficamos plenamente satisfeitos. 

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Que venha a Paz!

Autor: Boaz Rios
No dia triste o próprio corpo se ressente dos acontecimentos adversos. Na boca a saliva seca, as mãos esfriam-se e o olhar desesperançoso distancia-se no vazio sem fim. A tragédia se apresenta e impinge seu sentimento perturbador. O infortúnio toma de súbito, não há como impedi-lo. Repentinamente desfaz o ideal, interrompe o sonho e destrói o que foi construído.
A vida parece assumir a sua fragilidade, evidenciando contornos desconhecidos e inesperados, totalmente contrários às expectativas outrora nutridas. A dor, o desespero, o medo e a ansiedade,  surgem como componentes emocionais do cenário do desenlace trágico.
Haveria paz que resistisse ou, quiçá, superasse tais circunstâncias? A esperança surge nas palavras do mestre Jesus, que logo após a sua morte e ressurreição, aparece entre os discípulos enlutados, e lhes anuncia: "paz seja convosco" (João 20:19).
A contundência da afirmação não está simplesmente na magia das palavras, mas no poder supremo da paz de Jesus que supera, permanece, ressoa, alcança, envolve e triunfa. A natureza dessa paz independe dos fatores circunstanciais, pessoais ou emocionais, pois, perfeita que é naquele que a doa, se efetiva integralmente naquele que a recebe por meio da fé.
Extrapolando os limites terrenos próprios da vida, Jesus firma os alicerces da sua paz. É paz espiritual que independente dos fatores cotidianos, mas, potencializa os limites humanos e restabelece a harmonia consigo mesmo e com o cosmos.
Quanto à dor, mesmo que presente, abalada fica a sua altivez. Diferente da equivocada exigência da não-dor, há o reconhecimento da sua existência, contudo, não da sua prevalência, pois, vindo a dor, a paz predomina. Jesus sofreu de verdade, e amou de verdade. A sua paz subsiste às injustiças do mundo, das pessoas, do sistema, do mal; invariavelmente, porque convive e não se contamina.
Ser carente de paz é natural ao ser humano. Ser carente da paz de Jesus, é reconhecê-lo como o bom pastor que leva as ovelhas às águas tranquilas e lhes refrigera a alma. Por isso, deve-se buscar a Jesus, à menor suspeita de dor, insatisfação, contrariedade, frustração, privação, enfim, qualquer coisa que lhe ameace a paz. Jesus é eficaz, intervém no contexto turbulento e restabelece a paz.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

História do surgimento da profissão de Administrador no Brasil


Roteiro de aula: Prof. Boaz Rios

• Momentos marcantes do ensino superior em administração no Brasil ocorreram em 1966, 1993, 2004 e 2005 com o estabelecimento das Diretrizes Curriculares.
Início tardio dos cursos em Administração no Brasil (1952) em comparação com os Estados Unidos (1881);
Conjuntura brasileira: Mudança e desenvolvimento da formação social - Crescimento urbano, industrialização e consolidação do Estado nacional;
o Anos 30 (Getúlio Vargas ) – Consolidação do Estado central e desenvolvimento nacionalista;
o Anos 50 (Juscelino Kubitschek) – Desenvolvimento industrial com predomínio do capital estrangeiro;
o 1964 (Governo militar) – Planejamento governamental e internacionalização
Principais funções: Planejar, controlar e analisar atividades empresariais e governamentais;
Em 1943 ocorre o I Congresso Brasileiro de Economia. Em 1945 o Ministro Gustavo Capanema propõe a criação dos cursos de Economia e Contabilidade. Até então, só existiam os cursos de Engenharia, Medicina e Direito.
Após 1964, aumenta-se a influência norte-americana na economia com a instalação de grandes empresas multinacionais, que altamente burocratizadas, exigiam profissionais capacitados para gerenciar organizações complexas;
O surgimento, em 1944, da Fundação Getúlio Vargas (FGV) se deu a partir da criação do DASP (Departamento de Administração do Serviço Público) que se deu em 1938. Esse órgão tinha por finalidade estabelecer um padrão de eficiência no serviço público federal e criar canais mais democráticos para o recrutamento de recursos humanos para a administração pública;
A FGV é responsável pelos primeiros estudos sobre assuntos econômicos do país, com o objetivo de orientar as atividades dos setores público e privado. A Fundação Getúlio Vargas inaugurou, no Brasil, a graduação e a pós-graduação stricto sensu em administração pública e privada. O ensino superior desloca-se de uma tendência européia para a norte-americana.
  • Em 1952, é criada a Escola Brasileira de Administração Pública (EBAP) no Rio de Janeiro;
  • Em 1954, é criada a Escola de Administração de Empresa de São Paulo (EAESP);
Em 1946, a USP cria a Faculdade de Economia e Administração- FEA, mas só veio a criar o curso de Administração em 1963.
  • As primeiras escolas, pela importância e qualidade do ensino, se destaca na formação de profissionais de ponta, preparados para ocupar altos cargos nas instituições públicas e privadas.
  • A Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia - EAUFBA foi criada em 1959 com o apoio de um programa internacional de cooperação científica e técnico. Tal programa conjugava a vinda de professores norte-americanos para Salvador, à formação acadêmica estratégica, em nível de mestrado, daqueles que seriam os futuros docentes brasileiros, e que foram aos Estados Unidos estudar em centros de estudos avançados nas áreas de Administração Pública e de Empresas.
  • Na década de 70, o corpo docente da escola teve destacada atuação na implantação de Reformas Administrativas estaduais e municipais em todo o Nordeste, bem como no apoio à implantação do Centro Industrial de Aratu e ao Pólo Petroquímico de Camaçari.
  • O MEC divulgou no dia 13 de janeiro de 2011 o Censo do Ensino Superior de 2009. De acordo com o levantamento 1,1 milhão de estudantes se matricularam em um curso de Administração no ano de 2009. Quase metade das matrículas da educação superior concentra-se nos cursos de administração, direito (651 mil), pedagogia (573 mil) e engenharia (420 mil).
  • A regulamentação da profissão de Administrador ocorreu com a edição da Lei 4769 de 9 de setembro de 1965.
  • O exercício da profissão de administrador é privativo: a) Dos bacharéis em administração formados pelas instituições brasileiras; b) Dos Diplomados no exterior em curso regular, após a revalidação do diploma pelo MEC; c) Daqueles que na data da Lei já exerciam, a pelo menos 5 anos, as atividades próprias no campo profissional de Técnico de Administração.
  • São criados os Conselhos Federais (CFA) e Conselhos Regionais (CRA) de Administração, cuja manutenção financeira decorre das contribuições anuais dos administradores, de doações, subvenções e outras receitas.
  • O exercício profissional da administração se ressente da delimitação de campo de trabalho exclusivo. Nos órgãos públicos, em sua maioria, não existe o cargo de administrador, assim como, nas empresas privadas as atividades não são exclusivas para os administradores.

Referências:

CONSELHO FEDERAL DE ADMINISTRAÇÃO. História do surgimento da profissão de Administrador no Brasil. Disponível em:http://www2.cfa.org.br/administrador/ diversos/pagina-teste-1. Acesso em 01/08/2012.
BRASIL. Lei 4769/1965. Dispõe sobre o exercício da profissão de Técnico de Administração, e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/leis/l4769.htm. Acesso em 01/08/2012.