quinta-feira, 2 de agosto de 2012

História do surgimento da profissão de Administrador no Brasil


Roteiro de aula: Prof. Boaz Rios

• Momentos marcantes do ensino superior em administração no Brasil ocorreram em 1966, 1993, 2004 e 2005 com o estabelecimento das Diretrizes Curriculares.
Início tardio dos cursos em Administração no Brasil (1952) em comparação com os Estados Unidos (1881);
Conjuntura brasileira: Mudança e desenvolvimento da formação social - Crescimento urbano, industrialização e consolidação do Estado nacional;
o Anos 30 (Getúlio Vargas ) – Consolidação do Estado central e desenvolvimento nacionalista;
o Anos 50 (Juscelino Kubitschek) – Desenvolvimento industrial com predomínio do capital estrangeiro;
o 1964 (Governo militar) – Planejamento governamental e internacionalização
Principais funções: Planejar, controlar e analisar atividades empresariais e governamentais;
Em 1943 ocorre o I Congresso Brasileiro de Economia. Em 1945 o Ministro Gustavo Capanema propõe a criação dos cursos de Economia e Contabilidade. Até então, só existiam os cursos de Engenharia, Medicina e Direito.
Após 1964, aumenta-se a influência norte-americana na economia com a instalação de grandes empresas multinacionais, que altamente burocratizadas, exigiam profissionais capacitados para gerenciar organizações complexas;
O surgimento, em 1944, da Fundação Getúlio Vargas (FGV) se deu a partir da criação do DASP (Departamento de Administração do Serviço Público) que se deu em 1938. Esse órgão tinha por finalidade estabelecer um padrão de eficiência no serviço público federal e criar canais mais democráticos para o recrutamento de recursos humanos para a administração pública;
A FGV é responsável pelos primeiros estudos sobre assuntos econômicos do país, com o objetivo de orientar as atividades dos setores público e privado. A Fundação Getúlio Vargas inaugurou, no Brasil, a graduação e a pós-graduação stricto sensu em administração pública e privada. O ensino superior desloca-se de uma tendência européia para a norte-americana.
  • Em 1952, é criada a Escola Brasileira de Administração Pública (EBAP) no Rio de Janeiro;
  • Em 1954, é criada a Escola de Administração de Empresa de São Paulo (EAESP);
Em 1946, a USP cria a Faculdade de Economia e Administração- FEA, mas só veio a criar o curso de Administração em 1963.
  • As primeiras escolas, pela importância e qualidade do ensino, se destaca na formação de profissionais de ponta, preparados para ocupar altos cargos nas instituições públicas e privadas.
  • A Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia - EAUFBA foi criada em 1959 com o apoio de um programa internacional de cooperação científica e técnico. Tal programa conjugava a vinda de professores norte-americanos para Salvador, à formação acadêmica estratégica, em nível de mestrado, daqueles que seriam os futuros docentes brasileiros, e que foram aos Estados Unidos estudar em centros de estudos avançados nas áreas de Administração Pública e de Empresas.
  • Na década de 70, o corpo docente da escola teve destacada atuação na implantação de Reformas Administrativas estaduais e municipais em todo o Nordeste, bem como no apoio à implantação do Centro Industrial de Aratu e ao Pólo Petroquímico de Camaçari.
  • O MEC divulgou no dia 13 de janeiro de 2011 o Censo do Ensino Superior de 2009. De acordo com o levantamento 1,1 milhão de estudantes se matricularam em um curso de Administração no ano de 2009. Quase metade das matrículas da educação superior concentra-se nos cursos de administração, direito (651 mil), pedagogia (573 mil) e engenharia (420 mil).
  • A regulamentação da profissão de Administrador ocorreu com a edição da Lei 4769 de 9 de setembro de 1965.
  • O exercício da profissão de administrador é privativo: a) Dos bacharéis em administração formados pelas instituições brasileiras; b) Dos Diplomados no exterior em curso regular, após a revalidação do diploma pelo MEC; c) Daqueles que na data da Lei já exerciam, a pelo menos 5 anos, as atividades próprias no campo profissional de Técnico de Administração.
  • São criados os Conselhos Federais (CFA) e Conselhos Regionais (CRA) de Administração, cuja manutenção financeira decorre das contribuições anuais dos administradores, de doações, subvenções e outras receitas.
  • O exercício profissional da administração se ressente da delimitação de campo de trabalho exclusivo. Nos órgãos públicos, em sua maioria, não existe o cargo de administrador, assim como, nas empresas privadas as atividades não são exclusivas para os administradores.

Referências:

CONSELHO FEDERAL DE ADMINISTRAÇÃO. História do surgimento da profissão de Administrador no Brasil. Disponível em:http://www2.cfa.org.br/administrador/ diversos/pagina-teste-1. Acesso em 01/08/2012.
BRASIL. Lei 4769/1965. Dispõe sobre o exercício da profissão de Técnico de Administração, e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/leis/l4769.htm. Acesso em 01/08/2012.

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