segunda-feira, 14 de março de 2011

O profissional da Administração: Consultor, Executivo, Empresário e Empreendedor


Consultor:
  • Consultoria é o processo pleno de interatividade no qual um agente de mudança (externo) se compromete a aconselhar competentemente as pessoas da organização (geralmente do nível hierárquico superior) envolvidas nos mais variados processos da organização;
  • A consultoria constitui um conjunto de atividades, obrigatoriamente estruturadas e orientadas para um fim;
  • Por ser um agente externo, o consultor deve agir como parceiro, estimulando a reciprocidade e criando um clima de colaboração;
  • O trabalho do consultor presume a consciência do compromisso assumido para com a empresa;
  • O consultor deve lembrar que, embora não seja quem decide, aconselha. Logo, essa decisão de alguma forma sempre irá afetá-lo.
  • Características da atividade de consultoria:
    • Conhecimento – Para a tarefa de aconselhar é necessário que o consultor tenha conhecimento profundo sobre a área;
    • Experiência – Conhecimento aplicado. Estágios. Atuação em áreas diversas;
    • Neutralidade – Manter-se como observador atento e cauteloso, evitando conclusões emotivas, preconceituosas e precipitadas;
    • Visão sistêmica e de ambiente – Implica na concepção do setor em relação ao todo organizacional e da empresa em relação ao ambiente externo;
    • Ética – Prestar consultoria a várias empresas exige muita discrição e total sigilo quanto às informações obtidas.
Executivo:
  • Um exemplo a ser seguido. O líder. Aquele que marca o ritmo.
  • Características da atividade de um Executivo (a):
    • Aspectos comportamentais – Trabalhar em equipe, ouvindo diversas opiniões que ajudem na tomada de decisão. Ser sensível às capacidades e limitações da equipe de trabalho. Ter intuição;
    • Habilidades – Saber inovar e aceitar as inovações propostas. Manter o clima favorável ao processo de mudança organizacional. Manter o equilíbrio para não desestabilizar;
    • Conhecimento – Deve ser desenvolvido como propósito pessoal; Como necessidade da sua área específica; como visão de mundo;
    • Foco nos negócios – Não desviar a atenção para intrigas internas ou questões secundárias;
    • Atentar às demandas do mercado – Quem determina é o mercado.
    • Conhecer aspectos econômicos, sociais e políticos – Compreender que a organização se relaciona com o mundo.
  • Regras para a legitimidade do Executivo (Hicks, 2003):
    • Regra 1 – Ative intuições – Exercite a mente, pense nas possibilidades em diversas situações;
    • Regra 2 – Abrace seu trabalho – Disposição, compromisso, dinamismo, esforço concentrado;
    • Regra 3 – Recuse-se em se conformar – Lute sempre, em busca de respostas inéditas;
    • Regra 4 – Transforme o stress em energia positiva –
    • Regra 5 – Revise planejamentos, pensando no possível –
    • Regra 6 – Dê, e não tome de ninguém – Regra de ouro, absoluta, que visa plantar e colher o bem;
    • Regra 7 – Exija a verdade – Ocasiona ações positivas a partir de maior respeito e confiança.

Empreendedor (a), Empresário (a):

Conceitos:

  1. EMPREENDEDOR: o termo empreendedor denota a pessoa que exercita total ou parcialmente as funções de:
    a) iniciar, coordenar, controlar e instituir maiores mudanças no negócio de empresa e/ou;
    b) assumir riscos nessa operação que decorrem da natureza dinâmica da sociedade e do conhecimento imperfeito do futuro e que não pode ser convertido em certos custos através de transferência, cálculo ou eliminação.
    Segundo o dicionário Webster, empreendedor é a pessoa que organiza e gere um negócio, assumindo o risco em favor do lucro.
  2. EMPRESÁRIOS: Estabelece o Código Civil de 2002, em seu artigo 966, ao tratar da definição de empresário: Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
    Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.

  • O caso de Benjamin Katz – Auditor fiscal, pediu demissão; Trailer de sanduíches; Alimentação demandava muito tempo; Camisetas com estampas em silk screen; Negócio de ouro; mercado imobiliário financeiro; rastreamento de veículo. O Empreendedor está sempre buscando novas oportunidades. O empresário preocupa-se em manter a lucratividade do seu negócio.
  • O caso Boticário – Fundado em 1977, seu dono Miguel Krigsner achava que o lucro era pequeno. Acreditava que devia mudar para continuar ganhando. Dos 27 diretores, 24 saíram da empresa. Os problemas: desprepara para o ambiente competitivo, falhas na comunicação, desperdiço. O redesenho aplicado à empresa garantiu a sua liderança no mercado nacional.

Referência:
ARAUJO, Luis Cesar G. de. Teoria Geral da Administração: Aplicação e Resultados na Empresas Brasileiras. São Paulo: Atlas, 2004.

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